Um encontro com Ajahn Buddhadasa

SanghaWholeAgain

 

“Minha mãe morreu de repente quando eu tinha 29 anos. Depois disso senti fortemente a necessidade de ter alguém que pudesse me ajudar a entender sobre o que era tudo aquilo – viver como um ser humano. Um ano depois eu viajei até a Tailândia a fim de conduzir uma pesquisa enquanto antropóloga cultural e, por coincidência, visitei um mosteiro no sul da Tailândia onde havia um retiro programado para começar dentro de três dias, dirigido por um monge muito famoso, Ajahn Buddhadasa. Claro que eu não tinha ideia de quem ele era. Mas quando o encontrei tive uma sensação profunda de reconhecimento de que havia algo para mim naquilo. Ele tinha uma força, uma imperturbabilidade de coração que conseguia transmitir com seu ser. Eu queria aquilo também para mim, pois minha vida era perturbada por todos os cantos. Tornou-se claro para mim que eu queria ser como ele, que eu queria conhecer o que ele conhecia.

 

Vivi na Tailândia por vários anos, retornando ao mosteiro algumas vezes, e comecei a sentir um chamado crescente para a vida monástica, o que realmente me deixava confusa. Eu não estava pronta para tudo aquilo naquela época. E, realmente, pensava que se tornar uma monja era algo louco para se fazer. Mas não conseguia esquecer aquele forte chamado. E, então, três ou quatro anos após meu primeiro encontro com Ajahn Buddhadasa, eu acabei indo lá, vivendo um ano e meio como uma upasika, uma renunciante laica, antes de ir até o Mosteiro Amaravati na Inglaterra… onde me tornei uma ananagarika, uma monja de oito preceitos”. Ayya Santacitta | http://www.tricycle.com/living-dharma/making-sangha-whole-again